terça-feira, 12 de julho de 2011

Sete erros fatais...

Sete erros fatais: entenda por que o Brasil falhou mais uma vez
11 de julho de 2011 10h08 atualizado às 13h00
Quando o Brasil parecia com a mão na vaga para as semifinais aconteceu um imprevisto. Aos 17min do segundo tempo da prorrogação, Rapinoe apareceu bem .... Foto: Getty Images Brasil cai contra os EUA e mais uma vez vê fim do sonho do título inédito
Foto: Getty Images
Dassler Marques
Direto de Dresden (Alemanha)
É nas derrotas que se aprendem lições. O velho ditado do esporte, entretanto, não é bem aplicado quando o assunto é Seleção Brasileira feminina de futebol. Afinal, no último domingo, as jogadoras do Brasil acumularam mais uma queda dolorosa após três vice-campeonatos (Atenas 2004, Copa do Mundo 2007 e Pequim 2008). Erros administrativos, técnicos e de planejamento ajudam a explicar porque a vaga, que estava quase na mão, foi embora com o gol de Wambach aos 117min e a derrota nos pênaltis.
Abaixo, o Terra lista razões pelas quais o Brasil segue sem conseguir um grande título, atuando abaixo de seu potencial por razões de diferentes naturezas. Confira a lista de sete erros fatais na Copa do Mundo feminina de futebol.
1 - Preparação deficiente:
Por falta de condições de trabalho e também prejudicado pelo vulcão chileno que atrapalhou o tráfego aéreo sul-americano em junho, a Seleção teve uma preparação bastante ruim para a Copa do Mundo. Até a disputa do Mundial, só dois jogos foram realizados: Chile e combinado de Pernambuco. Pouquíssimo. Entre a última Copa e a atual, os Estados Unidos jogaram mais que o dobro em relação ao Brasil.
2 - Renúncia ao estilo de jogo brasileiro
Acostumada a jogar um futebol bonito e perder por não se defender como deveria, o Brasil inverteu sua lógica e, desta vez, disse adeus ainda antes, nas quartas de final. Apostando sempre na ligação direta e com esquema defensivo, com três zagueiras (Aline, Daiane e Erika) e duas volantes (Ester e Formiga) sem qualidade no passe, o time ficou refém das atacantes. E quando precisou de firmeza na zaga, sucumbiu.
3 - Escolhas infelizes
Com duas jogadoras sem condições físicas ideias, a comissão técnica da Seleção optou por cortar uma (Gabriela) e convocar outra (Formiga). A armadora, que ficou no Brasil e iniciou treinamentos com bola assim que a Copa começou, poderia dar outro toque de qualidade à equipe. O banco de reservas, em todo o Mundial, se mostrou limitado para que jogos pudessem ter seus panoramas modificados.
4 - O abuso no critério experiência
Poucas foram as renovações da Seleção Brasileira no elenco que foi à Copa, sobretudo no banco de reservas. Jogadoras como Elaine, Daniele e Grazielle, por exemplo, pouco acrescentaram em termos técnicos durante a preparação e treinamentos. Únicas opções mais jovens, mas ambas com 17 anos, Thaís Guedes e Beatriz praticamente não tiveram oportunidades e viajaram só para adquirir experiência.
5 - Sem alternativas táticas
Única grande equipe a jogar com três zagueiras, a Seleção Brasileira jamais teve alternativa para se tornar mais ofensiva em situações específicas ou para se defender de outra forma, se adaptando ao adversário. Apesar do longo período de treinamento na Granja Comary, o Brasil jamais se mostrou capaz de atuar com uma linha de quatro nomes na defesa ou de inserir uma atacante a mais, por exemplo.
6 - O atraso em adaptar Rosana ao meio
Terceira mais importante jogadora do Brasil quando atuava na ala esquerda, Rosana foi transformada em meia após o corte de Gabriela Zanotti. Apesar de jogar assim em seus clubes, a jogadora teve dificuldades no posicionamento correto, fruto de pouquíssimos treinamentos que foram realizados para que ajustes fossem feitos. Com o time abusando da ligação direta, sua figura de meia armadora ficou em segundo plano por vários momentos.
7 - A comissão técnica reduzida
Apenas quatro profissionais da área técnica, além de dois da área de saúde, formaram a comissão técnica do Brasil na Copa do Mundo. Figuras importantes como nutricionista, psicólogo, fisiologista e até mesmo cozinheiros, fundamentais no esporte moderno, não fizeram parte do quadro composto pela CBF, que também não designou um auxiliar de preparação física para a Seleção. Perguntado especificamente sobre a falta de um profissional de psicologia na véspera do duelo com os EUA, o treinador Kleiton Lima minimizou. "Vejo esse time preparado, amadurecido e com lições aprendidas", disse.

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